10º ENCONTRO DE CHÁ DE MULHERES

10º ENCONTRO DE CHÁ DE MULHERES
UNIFÉ

“...a mulher precisa resgatar em Deus a sua verdadeira identidade

“...a mulher precisa resgatar em Deus a sua verdadeira identidade
“...a mulher precisa resgatar em Deus a sua verdadeira identidade de filha amada, capacitada pelo Espírito e chamada a uma vocação pessoal e intransferível”.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O que é a mulher no Islamismo?

A mulher, mera coisa, objeto inferior de prazer sexual do homem, no alcorão, korão, islan, islamismo, muçulmanismo, Maomé, maometismo, poligamia com até 4 esposas ao mesmo tempo 




O que é a mulher no Islamismo?Como as Mulheres são Tratadas no Islamismo


No islamismo, a mulher é considerada um "brinquedo" (daí porque usei a palavra "que" em vez de "quem"). Isto é tirado literalmente do que o profeta Maomé e o Justo Califa Umar Ibn Al Khattab (um dos sogros de Maomé) declararam; do verdadeiro tratamento que as mulheres recebem nos dias de hoje na maioria dos países islâmicos; e da diferentes doutrinas do islamismo a respeito das mulheres (casamento no islamismo, direitos da mulher, status da mulher em comparação com os homens, os deveres da mulher para com o seu marido, etc.).

Em seu livro, Al-Musanaf (Vol. 1, parte 2, página 263), Abu Bakr Ahmed Ibn Abd Allah (um dos sábios muçulmanos) disse: "Umar (o Justo Califa) estava certa vez falando, quando sua esposa o interrompeu, e ele disse a ela: ‘Você é um brinquedo, se precisar de você, eu a chamo’". Amru Bin Al Aas (também um Califa) disse: "Mulheres são brinquedos; escolha uma" (Kans-el-Ummal, Vol. 21, Hadith N° 919). O próprio Maomé disse: "A mulher é um brinquedo, quem quiser levá-la, deve cuidar dela", segundo Ahmed Zaki Tuffaha, na página 180 do livro Al-Mar ah wal-islam (A Mulher e o Islamismo).


A Superioridade do Homem Sobre a Mulher

Sura 4.34 (um capítulo do Alcorão) declara: "Os homens têm autoridade sobre as mulheres porque Alá fez um superior à outra". Na página 36 deste livro, A Mulher e o Islamismo, Ahmed Zaki Tuffaha escreveu: "Deus estabeleceu a superioridade do homem sobre a mulher pelo verso acima (Sura 4.34), o que não permite a igualdade entre o homem e a mulher. Porque aqui o homem está sobre a mulher devido à sua superioridade intelectual. . ."

Como cristãos, podemos nos alegrar com o que a Bíblia diz: "Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus" (Gálatas 3.28).

No Islamismo, não somente a mulher é considerada um brinquedo e inferior ao homem, mas as mulheres são consideradas como tendo muitas deficiências.

A mulher é deficiente em inteligência e em religião.

No livro de Sahih Al Bukhari, que os muçulmanos consideram o livro mais autêntico depois do Alcorão, lemos: "Certa vez, o Apóstolo de Alá disse a um grupo de mulheres: ‘Não conheço ninguém mais deficiente em inteligência e religião do que vocês. Um homem prudente, sensível pode ser desencaminhado por qualquer uma de vocês’. As mulheres perguntaram: "Ó Apóstolo de Alá, qual a deficiência da nossa inteligência e da nossa religião?" Ele disse: "Não é a evidência de duas mulheres igual ao testemunho de um homem?" Elas responderam que sim. Ele disse: "Essa é a deficiência da sua inteligência"... "Não é verdade que as mulheres não podem orar nem jejuar durante a menstruação?" As mulheres responderam que sim. Ele disse: "Essa é a deficiência da sua religião". Este Hadith é inteiramente aceito, o que lhe dá um alto grau de autenticidade no islamismo. Por isso ele é aceito e usado por eminentes estudiosos como Ghazali, Ibn Al Arabi, Razi e muitos outros.

A mulher é deficiente em gratidão.

Em Sahih Al Bukhari (Parte 1, Hadith N° 28), lemos: "As mulheres são mal agradecidas aos seus maridos pelos favores e o bem [atos de caridade feitos a elas]. Se você sempre tiver sido bom [benevolente] a alguma delas e então ela vir alguma coisa em você [que não seja do agrado dela], ela vai dizer: ‘Nuca recebi nenhum bem de você’".

As mulheres são semelhantes a uma costela curvada.

Em Sahih Al Bukhari (Pasrte 7, Hadith N° 113) está afirmado: "A mulher é como uma costela; se você tentar endireitá-la, ela se quebra. Portanto, se você quer tirar proveito dela, faça-o mesmo sendo ela defeituosa". Todos concordam com este Hadith.

Casamento

Na questão do casamento, o islamismo prova que a mulher é considerada um brinquedo.


1. Casamento forçado.


"A virgem pode ser obrigada por seu pai a ser dada em casamento sem ser consultada". Isto é o que Ibn Timiyya (conhecido entre os muçulmanos como o xeque do islamismo) declarou em Ibn Timiyya, Vol. 32. página 39. E, no mesmo volume, páginas 29 e 30, ele escreveu: "Mesmo a virgem adulta, o pai pode obrigá-la a casar-se". Isto está em acordo com Malek Ibn Ons, Al Shafi e Ibn Hanbals, que estão entre os principais Legisladores do Islamismo (especialistas na Lei Islâmica).

Ibn Hazm (um dos maiores estudiosos do islamismo) mencionou em seu livro Al-Muhalla (O Adocicado) Vol. 6, Parte 9, páginas 458 a 460, "O pai pode consentir em dar a sua filha em casamento sem a permissão dela, porque ela não tem escolha, exatamente como Abu Bakr El Sedick [o primeiro Califa depois de Maomé e seu sogro] fez com sua filha, Aisha, quando ela estava com seis anos de idade. Ele a deu em casamento ao profeta Maomé sem a permissão dela". Aisha disse: "O mensageiro de Alá tomou-me como sua noiva quando eu tinha seis anos, e tomou-me como sua esposa quando eu completei nove anos de idade". Ele estava com 54 anos de idade quando casou-se com ela.

2. A importância do contrato de casamento


Em seu livro As Mulheres no Islamismo, Rafiqul Haqq resumiu a importância do contrato de casamento de acordo com três diferentes escolas islâmicas. Citando o livro Al-Fiqh ala al-Mazahib al-Arba a (Vol. 4, página 488) de Abd Ar Rahman Al Gaziri, ele diz: "O entendimento aceito nas diferentes escolas de jurisprudência é que aquilo que foi contratado no casamento é para o benefício que o homem pode ter da mulher e não o contrário". Os seguidores do Imã Malik declararam que o contrato de casamento é um contrato de propriedade do benefício do órgão sexual da mulher e do resto do seu corpo.

Os seguidores do Imã Shaffi disseram: "A visão mais aceita é que o que foi contratado é a mulher, isto é, o benefício derivado do seu órgão sexual". Outros declaram: "O que foi contratado é tanto o homem quanto a mulher". Segundo a primeira opinião, a esposa não pode exigir sexo de seu marido porque o direito é dele, não dela. Segundo a segunda opinião, ela pode exigir ter sexo com ele.

Os seguidores do Imã Abu Hanifa disseram: "O direito ao prazer sexual pertence ao homem, não à mulher; isto quer dizer que o homem tem o direito de forçar a mulher a gratificá-lo sexualmente. Ela, por sua vez, não tem o direito de forçá-lo a fazer sexo com ela, a não ser uma vez (na vida). Mas, ele precisa, do ponto de vista da religião, fazer sexo com ela para protegê-la de ser moralmente corrompida".

3. O número de esposas


O homem pode se casar com até quatro mulheres livres ao mesmo tempo, e pode divorciar-se de uma delas e casar-se com uma quinta, desde que não mantenha mais do que quatro esposas ao mesmo tempo. Ele pode ter sexo com um número ilimitado de moças escravas e concubinas. Sura 4.3 diz: "Se você tem medo de não poder tratar com justiça os órfãos, case-se com as mulheres que você escolher, duas ou três ou quatro, mas se você tem medo de não poder agir com justiça [com elas], então somente uma, ou aquela que a sua mão direita possui que seja mais apropriada, para evitar que você cometa injustiça".


Em seu livro Al-Fiqh ala al-Mazahib al-Arbaa (Vol. 4, página 89), Abd Ar Rahman Al Gaziri escreveu: "Pois se um homem comprar uma moça escrava, o contrato de compra inclui o seu direito de ter sexo com ela". Este contrato visa, em primeiro lugar, a posse dela e, em segundo lugar, desfrutar dela sexualmente.

Um sábio muito famoso entre os muçulmanos citou uma das justificativas para um homem casar-se com mais de uma mulher: "Alguns homens tem um desejo sexual compulsivo tão grande, que uma mulher não é suficiente para protegê-los [do adultério]. Tais homens, portanto, devem casar-se com mais de uma mulher e podem ter até quatro esposas". (Ihy a Uloum ed-Din, de Ghazali, Vol. 2, Kitab Adab Al-Nikah, página 34). Ghazali deu um exemplo para este desejo sexual excessivo no mesmo livro (Parte 2, página 27): "Ali [que os xiitas consideram o profeta de Alá], que foi o mais ascético de todos os companheiros, teve quatro esposas e dezessete escravas como concubinas". No Sahih Bukhari (parte 7, Hadith N° 142) diz: "O Profeta costumava passar [ter relações sexuais com] todas as esposas numa só noite, e naquele tempo ele tinha nove esposas". "Certa vez, ele falou acerca de si mesmo que tinha recebido a potência sexual de quarenta homens", conforme escrito no Al Tabakat Al Kobra (Vol. 8, página 139) de Mohammed Ibn Saad (sábio muçulmano).

Queridos irmãos e irmãs, louvamos ao Senhor porque Ele não faz acepção de pessoas. Ele ama homens e mulheres igualmente e Ele não faz discriminações com base no sexo.




Dr Salim Almahdy
Vozes do Mártires



O Papel das Mulheres no Livro de Juízes

O Papel das Mulheres no Livro de Juízes
Por: Hampton Keathley IV, Th. M.
Nota do Editor: Este estudo teve origem nos registros e apontamentos feitos nas aulas de Hebraico do Dr. Robert Chrisholm, no seminário Teológico de Dallas.

Contexto

Hoje vamos estudar o livro de Juízes e acho importante entender o contexto de um livro antes de começar a estudá-lo. Por isso, antes de mais nada, gostaria de mostrar como Juízes se encaixa na história de Israel.
  • Gênesis - todos conhecem o cativeiro do Egito iniciado no final do livro de Gênesis.
  • Êxodo - os israelitas deixam o Egito e Deus lhes dá os 10 Mandamentos.
  • Levítico trata dos pormenores da Lei.
  • Em Números espera-se que os israelitas entrem na terra prometida e tomem posse dela, mas eles ficam amedrontados devido ao relato de 10 espias e não confiam em Deus; por isso, Deus os manda para o deserto até que todos os adultos pereçam, exceto Josué e Calebe.
  • Em Deuteronômio Deus leva os israelitas de volta ao Monte Sinai, confirma Sua Aliança com eles e promete abençoá-los se eles O seguirem, e amaldiçoá-los se O deixarem.
  • No livro de Josué eles iniciam a conquista da terra prometida. Josué conduz a nação até o final de sua vida, e é aí que começa o livro de Juízes - com a morte de Josué.
Precisamos entender que o povo não foi capaz de tomar posse integral da terra prometida sob a liderança de Josué, mesmo após a sua morte. Por que será?
Juízes 1:19 dá os motivos para tal sob a perspectiva dos israelitas.
"Esteve o SENHOR com Judá, e este despovoou as montanhas; porém não expulsou os moradores do vale, porquanto tinham carros de ferro.”
Será que esta foi a verdadeira razão pela qual os israelitas não conseguiram expulsar seus inimigos? Será que carros de ferro impediram Deus de lançar os egípcios no Mar Vermelho? O restante dos capítulos 1 e 2 contam como Israel fracassou em sua missão.
Em Juízes 2:2-3 e 20-23 o fracasso dos israelitas é mostrado sob a perspectiva de Deus.
"Subiu o Anjo do SENHOR de Gilgal a Boquim e disse: Do Egito vos fiz subir e vos trouxe à terra que, sob juramento, havia prometido a vossos pais. Eu disse: nunca invalidarei a minha aliança convosco. Vós, porém, não fareis aliança com os moradores desta terra; antes, derribareis os seus altares; contudo, não obedecestes à minha voz. Que é isso que fizestes? Pelo que também eu disse: não os expulsarei de diante de vós; antes, vos serão por adversários, e os seus deuses vos serão laços.”
Portanto, vemos que as verdadeiras razões para o fracasso de Israel foram desobediência e falta de fé em Deus.
Juízes 3:5-6 resume como os israelitas se saíram no teste.
"Habitando, pois, os filhos de Israel no meio dos cananeus, dos heteus, e amorreus, e ferezeus, e heveus, e jebuseus, tomaram de suas filhas para si por mulheres e deram as suas próprias aos filhos deles; e rendiam culto a seus deuses.”
Princípio: Quem anda com más companhias certamente pegará seus maus costumes.

Sumário

Assim, Juízes fala sobre a convivência das tribos de Israel com seus inimigos e sobre a opressão exercida por estes, um após outro. Quando as coisas ficavam realmente ruins, Deus levantava um juiz que conduzia uma campanha militar e derrotava um determinado inimigo, havendo paz durante alguns anos. E aí o ciclo recomeçava. Basicamente, vemos seis desses ciclos ao longo do livro. A cada um deles as coisas ficavam um pouco pior. Era como descer uma escada em espiral.

Abordando Juízes Como Literatura

Geralmente abrimos a Bíblia para procurar proposições teológicas ou estudar algum personagem, como Elias, José ou Gideão, e ignoramos suas partes históricas ou narrativas. No entanto, podemos aprender muitas coisas dessas partes. Uma coisa bastante útil é examiná-la como obra literária, não apenas como um livro repleto de afirmações teológicas. Com certeza a leitura se tornará mais agradável e, mais importante, nos ajudará a descobrir quais pontos o autor está tentando ressaltar.
Um dos aspectos literários que devemos procurar é a repetição de frases. Veremos isso em Juízes. Outra coisa é analisar como o autor lida com o papel dos personagens. Creio que um estudo desses homens e mulheres irá nos mostrar coisas muito importantes. Creio também que o livro revele (de forma negativa) a importância de uma liderança competente para o povo de Deus. Embora vários juízes ou líderes tenham sido levantados por Deus para obterem vitórias militares, muitos fracassaram lamentavelmente em outros aspectos. A despeito de seu sucesso militar, o clima espiritual de Israel se tornava cada vez pior, enquanto violência e anarquia assolavam o país. Os últimos capítulos do livro incluem uma sórdida narrativa de idolatria, estupro coletivo, guerra civil e seqüestro. As palavras finais são bastante sombrias: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto." (21:25; 17:6; 18:1; 19:1). Este cenário prepara o terreno para a ascensão de Samuel e Davi, por meio dos quais Deus restauraria a imagem da fidelidade pactual e da ordem social de Israel.
Não é possível ler Juízes sem perceber que as mulheres aparecem em vários pontos estratégicos da narrativa. Elas assumem uma variedade de papéis: de heroínas e sedutoras a vítimas inocentes. A alteração de seus papéis ao longo do livro contribui amplamente para o retrato da desintegração social de Israel, a qual atinge seu ponto máximo em I Samuel 1, com a figura oprimida de Ana, por meio de quem o Senhor reverte a decadência descrita em Juízes e retoma a liderança ideal apresentada no início do livro.
Nosso estudo analisará a relação entre os personagens masculinos e femininos do livro e procurará explicar:
  • como a alteração dos papéis femininos é o fator-chave para uma avaliação mais abrangente da liderança masculina de Israel durante esse período.
  • como a história de duas dessas mulheres estabelece, de forma singular, o cenário para o aparecimento de Ana.
Dividi o livro em algumas seções. Uma das coisas que me ajudou a fazer essa divisão foi a repetição da frase "Os filhos de Israel fizeram o que era mau perante o SENHOR...", que antecede:
  • 3:7 - a apresentação de Otoniel
  • 3:12 - a apresentação de Eúde
  • 4:1 - a história de Débora e Baraque
  • 6:1 - a história de Gideão
  • 10:6 - a apresentação de Jefté
  • 13:1 - a história de Sansão
Ocorre ainda que, se dividirmos o livro de acordo com o papel desempenhado pelas mulheres, as divisões praticamente coincidem com as frases introdutórias:
  • 1-3 - Guerreiro conquista esposa e pai abençoa a filha
  • 4-5 - Mulher corajosa atrai soldado inimigo para a morte
  • 6-9 - Uma mulher livra Israel das mãos de inimigo com sede de poder
  • 10-12 - Soldado israelita vence batalha, mas traz maldição sobre sua filha
  • 13-16 - Mulher inimiga atrai soldado israelita para a morte
  • 17-21 - Mulheres israelitas são oprimidas por seus conterrâneos

Guerreiro conquista esposa e pai abençoa a filha (Juízes 1-3)

Na primeira parte do capítulo um vemos que Josué morre e que os israelitas continuam a tomar posse da terra prometida. No final do capítulo três lemos sobre as façanhas de Otoniel, Eúde e Sangar. Estes juízes corajosamente libertaram Israel da opressão de seus inimigos. Embora suas histórias sejam breves, o autor retrata homens de coragem e ousadia militar.
Vamos estudá-los com mais detalhes.

Otoniel

Otoniel aparece pela primeira vez em 1:13, quando toma parte numa campanha militar liderada por Calebe.
Em 1:13 ele é mostrado como um guerreiro divinamente capacitado, cuja eficiência militar é quase prosaica. Quando Calebe oferece sua filha àquele que capturar Quiriate-Sefer, o verso 13 simplesmente diz: "Tomou-a, pois, Otniel...”
O verso 1:14 da sua Bíblia provavelmente diz que Acsa persuade Otoniel a pedir um campo ao pai dela; mas esta não é uma boa tradução do hebraico. A expressão "a ele" não está no original. A NVI chega a traduzir como "ela foi até Otoniel". Os tradutores tomaram muita liberdade com o texto, como não costumam fazer.
A tradução mais apropriada seria "Sucedeu, então, que vindo ela, persuadiu-o (seu pai) pedindo-lhe um campo." (Primeiro está escrito o que vai acontecer e só depois vem a ação...) "e ela apeou do jumento; então, Calebe lhe perguntou: Que desejas?”
Estou gastando tempo na correção desta tradução porque acho importante entender que Otoniel não é nenhum fraco ou ganancioso, que está pedindo uma esmola a seu sogro. Pelo contrário, Acsa é quem pede o dote ao pai dela.
E é aqui que quero mostrar a primeira divisão do livro, que acentua o caráter guerreiro de Otoniel e a bênção de um pai para sua filha.

A Bênção Paterna

Pode parecer, a princípio, que Calebe não está tratando muito bem sua filha, por oferecê-la como prêmio por bravura. Contudo, precisamos reconhecer que seu desafio aos soldados israelitas garantiria que ela se casasse com um homem forte e corajoso, o qual, sem dúvida, seria o líder e provedor de sua família. Creio também poder concluir que, se este guerreiro tomou uma cidade, foi porque tem tinha fé em Deus. Esta sempre foi a única maneira dos israelitas vencerem uma batalha. Assim, eram boas as chances de Calebe estar providenciando um homem de Deus para Acsa. Por isso, concluo que ele encontrou um bom marido para ela.
O presente de Calebe também ilustra o cuidado protetor que os pais devem ter para com suas esposas e filhas.
Digo isto porque, mais adiante, veremos um pai que faz uma promessa semelhante, mas com trágicas conseqüências para sua filha (10-12:7). Também veremos que a decadência moral dos homens de Israel chega a ponto de eles afligirem suas próprias mulheres e não cuidarem delas.
Acsa é um belo exemplo de donzela conquistada por bravura. Seu papel fará um contrate muito grande com o papel das mulheres do final do livro. É como num filme do Rei Arthur. No entanto, esta história foi escrita muito tempo antes dos Cavaleiros da Távola Redonda. Quando assistir a um filme do Rei Arthur novamente, você dirá: "Ei, é como na história da Bíblia.”
Assim, temos um guerreiro exemplar, líder corajoso, e uma mulher que se beneficia de sua liderança.

O Líder Ideal

Primeiramente, gostaria de dizer que não há muitas coisas escritas sobre Otoniel. Mas isto é normal quando se deseja retratar alguém como modelo ou exemplo para outras pessoas. O autor não quer que saibamos tudo a respeito do personagem, principalmente seus defeitos e fraquezas. Ele é um personagem-modelo.
Para o autor de Juízes, Otoniel representa o guerreiro ideal, que segue os passos de Josué, derrota corajosamente o inimigo e toma posse da terra que Deus deu a Seu povo.
Após lermos sobre Otoniel no capítulo 1, vemos que o trabalho feito pelos israelitas para se livrarem de seus inimigos foi lamentável.
Em 3:7-11 leremos mais sobre suas façanhas, quando ele derrotar Cusã-Risataim. Repito, não há muita coisa escrita sobre ele ou sobre como derrotou o inimigo. Simplesmente está escrito que ele libertou a nação. Infelizmente, nenhum guerreiro israelita chegaria ao padrão estabelecido por Otoniel até Davi emergir centenas de anos depois.

Eúde 3:12-30

A história de Eúde é uma narrativa sangrenta de como um guerreiro valente e sagaz ludibria seu inimigo. Para nós, a história poderia ser repulsiva, mas, para o público israelita, ela é cômica e inspiradora. Eúde é outro exemplo de guerreiro valente que confia em Deus (cf. 3:28) e derrota um dos inimigos da nação.

Sangar 3:31

Pouco é dito sobre Sangar, por isso, não podemos tirar muitas conclusões a seu respeito. No entanto, uma vez que ele está relacionado com Otoniel e Eúde, creio que pode ser visto sob uma luz favorável.
Em resumo, os três primeiros capítulos de Juízes, embora não sejam totalmente positivos em sua avaliação do início da história de Israel, mostram um quadro razoavelmente bom de seus heróis e de uma mulher que inspira grandes feitos e é abençoada por seu pai.

Mulher corajosa atrai soldado inimigo para a morte (Juízes 4-5)

Antes de mais nada percebemos que, nessa época, Israel é liderado por uma mulher. Isto poderia levantar uma pergunta entre os leitores: o que faz uma mulher na liderança da nação? As coisas deviam estar bem ruins. E estavam. Não havia homens corajosos o suficiente para liderar. Veja a resposta de Baraque à ordem de Débora no verso 8: "Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei." Ele parece uma criancinha conversando com sua mãe. A resposta de Débora no verso 9 demonstra que a atitude de Baraque era totalmente descabida. A honra pela vitória não seria dele, mas de uma mulher.
Vemos que Baraque realmente derrota o inimigo, mas Sísera, o comandante do exército do rei Jabim, escapa e busca abrigo na tenda de um aliado. Aqui Jael entra na história. A despeito da lealdade de seu marido a Sísera, ela é leal a Israel. Por isso, convida Sísera a entrar em sua tenda, dá leite a ele e coloca-o na cama, pois ele está exausto por ter fugido o dia todo; depois, enquanto ele está dormindo, ela crava uma estaca em sua cabeça.
No capítulo 5 há uma extensa canção de celebração. Nessa canção, Jael recebe louvor especial por ter derrotado Sísera. A canção poderia ter sido em honra a Baraque.
Ainda no capítulo 5, a partir do verso 28, ficamos conhecendo a mãe de Sísera. Ela está olhando pela janela, à espera de seu filho. Ela presume que ele esteja demorando porque derrotou o inimigo e está raptando uma mulher ou duas. A ironia é que ele está sendo morto por uma mulher.
O que aprendemos desta história?
  • Baraque desfruta o sucesso, mas não demonstra a coragem de seus predecessores. Ele pediu apoio militar a uma mulher.
  • As palavras de Débora são cumpridas: uma mulher recebe a honra pela morte de Sísera.
  • O papel de guerreiro ideal apresentado no capítulo 3 é desempenhado por uma mulher. Jael é corajosa, toma decisões importantes e sua bravura nos faz lembrar de Eúde, o matador solitário que se valeu de um engodo para dar cabo de um inimigo sem que ninguém percebesse (3:12-30).
  • Como Sangar, ela usa uma arma incomum. Ele usou uma aguilhada de bois. Ela, uma estaca de sua tenda.
  • Como Sangar, ela não faz parte do povo de Israel.
No final dessa história, vemos que Israel dá um passo atrás em termos de liderança masculina. Felizmente, duas mulheres se mostram à altura da situação, para compensar a fraqueza dos homens.

Uma mulher livra Israel das mãos de inimigo com sede de poder (Juízes 6-9)

Em seguida temos a história de Gideão. Quase todos nós já ouvimos falar sobre ele. Ele é muito conhecido por ter derrotado o exército midianita com apenas 300 homens.
No entanto, Gideão é um pouco confuso. Ele é cheio de dúvidas e de medos. Ao longo de sua história ele questiona a Deus e O coloca à prova. (O teste com o novelo de lã é famoso.) Mas Deus é paciente com ele e o usa para destruir o inimigo. Sua história nos encoraja e nos dá esperança de que Deus também nos use, a despeito de nossas dúvidas e fraquezas.
Mas eu gostaria de examinar a vida de Gideão da maneira como estamos estudando até agora: sob o ponto de vista do declínio da liderança masculina de Israel.
  • Como Baraque, Gideão também hesita ao ser chamado para entrar em ação. Se Baraque responde a Débora com um “Se..." Em 6:17, Gideão responde com um "SE” gigante. O mesmo acontece em 6:36. Não é de se estranhar que, em 7:10, Deus lhe diga: "Se ainda temes atacar, desce tu com teu moço Pura ao arraial...”
  • Quando o povo pede que ele se torne rei, ele não aceita, e acho que isso foi uma coisa positiva. Contudo, em 8:27, sua atitude muda completamente e ele faz uma estola sacerdotal. Essa estola era uma espécie de manto usado pelo sumo-sacerdote, da qual pendia um saquinho com o Urim e o Tumim, utilizados para determinar a vontade de Deus. A estola de Gideão é utilizada, então, na prática ilegal de adivinhação, ou seja, transforma-se em objeto de idolatria. Por isso, ele contribui para o declínio espiritual da nação.
  • Gideão teve muitas esposas e uma concubina, as quais lhe deram 70 filhos e um outro de nome Abimeleque. A família tem muitas brigas e Abimeleque acaba matando todos os seus irmãos e investindo a si mesmo no poder. Ele, na verdade, não tem nenhum direito à herança, pois sua mãe é uma concubina. Por isso, ele vai aterrorizar o interior do país.
A esta altura dos acontecimentos, mais uma mulher de importância entra na história. Quando Abimeleque está em Tebes, uma mulher atira uma pedra de moinho em sua cabeça (9:53). O texto deixa claro que foi ela mesma quem "atirou" a pedra, o que sugere um ato heróico de grande esforço e a coloca no papel de guerreiro.
Minha pergunta é: "Se todos os homens e mulheres da cidade estavam na torre, por que uma mulher é quem toma a iniciativa de matar Abimeleque?" Acho que isso demonstra que os homens eram uns molengas. Eles não tinham iniciativa. Por isso, na história da morte de Abimeleque, uma vez mais uma mulher salva Israel (ironicamente, novamente com um golpe fatal na cabeça usando uma arma incomum, cf. 5:26 com 9:53). Só que, desta vez, o inimigo é um israelita. Gooding escreve:
"As coisas realmente se agravaram quando a sujeição de Israel passou a ser a alguém de seu próprio povo, o qual, em vez de libertar a nação, instalou a si mesmo como ditador, mantendo o poder pela força.”
Por isso, o que vimos até aqui é uma mudança no papel das mulheres: de musa inspiradora de bravos guerreiros a libertadora de Israel da opressão de um de seus próprios cidadãos.
Vemos que a liderança de Israel está se desintegrando. Otoniel, Eúde e Sangar foram guerreiros sábios e corajosos. Baraque já não foi tão corajoso. Gideão não foi nem tão corajoso nem tão sábio. Agora, veremos outro líder que também não foi tão corajoso e ainda foi muito tolo.

Soldado israelita vence batalha, mas traz maldição sobre sua filha (Juízes 10-12)

Temos nossa frase introdutória em 10:6 e depois, em 11:1, Jefté é apresentado. Logo no início ficamos sabendo que ele é um "guerreiro valente", mas filho de uma prostituta. Nesse sentido, ele é parecido com Abimeleque.
Os meios-irmãos de Jefté, filhos legítimos de seu pai, expulsam-no da cidade e ele começa a associar-se a "homens levianos". Assim, aprendendo a sobreviver e a defender-se "nas ruas", ele fica mais forte. Quando as coisas realmente ficam feias para Israel, os anciãos pedem que ele volte, concordando em deixá-lo conduzir a nação, caso ele os ajude.
Em 11:29, vemos que o Espírito de Deus vem em seu auxílio, mas ele não confia em Deus como deveria e acaba fazendo uma promessa muito precipitada. Da mesma forma que Baraque e Gideão, ele usa um grande "SE” antes da batalha. A expressão exata de seu voto indica que ele pretende oferecer um sacrifício humano, não animal, mas espera que seja alguém do sexo masculino. (Podemos tirar esta conclusão por ele ter usado um termo masculino.) Ele tem somente um descendente, uma filha, por isso, provavelmente, estava pensando em algum servo.
Fica comprovado que o voto foi tolo e precipitado, pois, ao retornar para casa, vitorioso, a primeira pessoa que ele encontra é sua filha. Creio que ele manteve seu voto e a sacrificou. Não há nenhuma razão para pensarmos que ele a tenha enviado para o templo para uma vida de serviço a Deus. O tributo prestado a ela todos os anos (11:40) parece mais viável no caso de ela estar morta, não viva.
Em contraste com Calebe, que trouxe bênção para sua filha, a loucura de Jefté trouxe maldição para a sua.
Finalmente, em 12:4, vemos que Jefté se envolve numa guerra civil contra os efraimitas. Em contraste com Eúde, que toma os vaus do Jordão contra o exército gentio, Jefté luta contra seus compatriotas israelitas.
Uma vez mais a crise na liderança de Israel é evidente. A inversão de papéis das principais personagens femininas chama a atenção para esse fato. Agora, uma mulher torna-se vítima da falta de fé e sabedoria de seu próprio pai.

Mulher inimiga atrai soldado israelita para a morte (Juízes 13-16)

A seguir, temos a história de Sansão. Ele parece ter todas as qualidades necessárias a um grande líder.
  • Sua concepção é sobrenatural, indicando que Deus tem um propósito especial para ele.
  • Como Otoniel, ele é divinamente capacitado, é destemido e não hesita em atacar os inimigos do Senhor.
  • Como Eúde, ele é esperto. Ama enigmas.
  • Como Sangar, é capaz de matar centenas de inimigos, mesmo com uma arma incomum. Se bem me lembro, a arma escolhida foi uma queixada de jumento. Creio que o uso de armas não convencionais ao longo do livro de Juízes demonstra que é Deus quem dá a vitória.
Entretanto, não precisamos ir muito longe para ver a fraqueza de Sansão pelas mulheres. Ele se casa com uma mulher de Timna. Está escrito que Deus aprovou o casamento (14:4). Isto tanto pode significar que Deus tenha colocado o desejo no coração de Sansão, quanto pode indicar que este desejo seria utilizado por Deus, sem aprovação do casamento. Sansão também se envolve com uma prostituta em Gaza e com Dalila, outra prostituta filistéia que veio a ser sua ruína.
Em 14:2 está escrito que Sansão "viu" uma mulher em Timna (14:2) e, em 16:2, que “viu" uma prostituta em Gaza. Isto soa um tanto irônico, pois, quando ele é capturado pelos filisteus, estes vazam seus olhos, e assim ele não poderá “ver" mais nenhuma mulher.
Uma vez que estamos analisando Juízes como história, precisamos reconhecer que, em contraste com Jael, que atraiu um general inimigo para a morte, Dalila, uma inimiga, atrai para a morte o maior de todos os guerreiros de Israel. Sansão agora está no papel de Sísera. Deus permite que ele se vingue, mas ele também acaba morrendo.
A morte de Sansão no templo filisteu torna completo o ciclo descendente da liderança de Israel. A falta de fé abriu caminho para a falta de sabedoria. Nenhum outro líder individual aparece no livro. Os capítulos finais descrevem um período de anarquia que supera a desordem provocada anteriormente por Abimeleque.

Mulheres israelitas são oprimidas por seus conterrâneos (Juízes 17-21)

Sem liderança espiritual efetiva, o povo de Israel (como todos os seres humanos), com sua propensão à rebeldia, abandona o Senhor. A idolatria e a guerra civil tomam conta da nação.
Nesta seção do livro as mulheres desempenham papéis importantes como vítimas de sua época. No capítulo 19, um levita, viajando com sua concubina (concubina? perguntaria o leitor), decide ser mais seguro passar a noite em território israelita do que em território jebuseu. Novamente, mais ironia. Ele estava errado. Teria sido mais seguro permanecer em território jebuseu. Um grupo de israelitas vai ao lugar onde ele está hospedado, a fim de ter relações sexuais com ele. (O paralelo com Sodoma e Gomorra deve ser óbvio.) Ele manda a concubina em seu lugar e eles abusam dela a noite toda, deixando-a à beira da morte.
Quando o levita pede aos benjamitas que lhe entreguem os criminosos, eles se recusam. Por isso, ele divide o corpo da mulher morta em 12 partes e envia os pedaços às demais tribos de Israel, pedindo seu auxílio; e a guerra civil explode. Os benjamitas são quase exterminados. Cidades, mulheres e crianças são destruídas e somente 600 homens conseguem escapar. A fim de que a tribo não seja extinta, as outras tribos destroem a cidade de Jabes-Gileade, que não tinha tomado parte na guerra civil, providenciando desta forma 400 jovens virgens para os benjamitas sobreviventes. Para completar o número de jovens necessárias, as tribos enviam os benjamitas a Siló para que raptem mais 200 mulheres durante a festa da colheita.
É irônico e deplorável que a nação tenha chegado tão baixo. Embora os israelitas supostamente tenham abominado a atitude dos benjamitas em relação à concubina do levita, eles acabaram fazendo a mesma coisa, só que em escala maciça.

Sumário

O declínio moral de Israel está completo. No começo do livro, as mulheres inspiravam os homens a grandes feitos; depois, passaram a desempenhar o papel de libertadoras - primeiro de inimigos externos e então de inimigos internos. Agora são violentadas, raptadas e massacradas por seus próprios compatriotas. Compare o final do livro com a história de Sísera. No início, a ameaça vinha de fora. Se fossem os homens de Sísera que tivessem vencido a batalha, seriam eles que violentariam as mulheres israelitas. Agora, no entanto, vemos que o declínio na liderança masculina é tão grande que são os próprios israelitas que afligem suas próprias mulheres.

Aplicação

Como tudo isto se aplica a nós?
  • Creio que as coisas que vimos nos mostram como é importante ter fé em Deus e iniciativa para agir. Lembramos de Otoniel, que era forte na fé, em contraste com Gideão e Baraque, que não eram.
  • Também vimos que Deus pode usar homens que são fracos na fé (Gideão).
  • Uma das mensagens de Juízes é que uma só pessoa pode fazer toda a diferença. A Bíblia tem muita gente, mas há vezes em que Deus usa pessoas individuais para realizar Sua vontade.
  • A questão da liderança masculina talvez seja o ponto principal do livro.
Com freqüência as pessoas usam o livro de Juízes para provar que liderança feminina é bíblica. No entanto, creio que estas histórias mostram que os homens eram fracos e não estavam fazendo o que deveriam. Débora, Jael e a mulher que matou Abimeleque foram grandes mulheres. Não consigo encontrar nelas nenhum defeito. Contudo, tudo o vimos demonstra que aquela era uma sociedade decadente. Quando surgem oportunidades para a liderança feminina, na verdade, é sinal de que alguma coisa está errada.
Liderança masculina também é um grande problema em nossos dias. Para muitas pessoas é quase um palavrão. Alguns poucos cristãos conservadores, "duros na queda", ainda concordam com ela, mas não muitos. Não é politicamente correta. No entanto, podemos ver que este é um problema comum em toda a Bíblia.
Tudo começou com Adão. Ele não exercia sua liderança quando comeu o fruto. Ele seguia o exemplo de Eva. Sei que a maioria de nós já ouviu a explicação de Gênesis 3:16 sobre o desejo da mulher de governar sobre o seu marido, mas que Deus queria que a liderança fosse do homem. A inclinação natural do homem é esquivar-se e deixar de tomar a iniciativa. Deus fez-nos assim para que a única maneira de sermos bem sucedidos como líderes seja andando pela fé e confiando Nele para nos segurar quando cairmos ou falharmos. E nós cairemos. Tomaremos decisões erradas. E esta é a razão pela qual não queremos assumir a liderança. Temos medo. Quando os homens falham nesse sentido, geralmente as mulheres interferem e fazem o que é preciso. Normalmente elas também fazem um bom trabalho, mas este não é o ideal de Deus, e o resultado final é a ruína.
Qual é a maior razão para não assumirmos a liderança? - O medo - medo do fracasso. Pense em todas as passagens de Juízes onde o herói disse: "Se..." (Baraque, Gideão, Jefté...) Eles tinham medo do fracasso.
Creio que um dos pontos principais do livro seja que os homens precisam tomar a iniciativa e ser líderes. Um dos sinais de uma sociedade decadente é a falta de liderança masculina. Os homens precisam ter fé em Deus e agir com sabedoria. Quando eles não lideram, existe uma grande probabilidade das mulheres interferirem. Elas farão um bom trabalho, mas não conseguirão remar contra a maré e, no final, a sociedade descerá a ladeira tão depressa que se tornará vítima de todos os tipos de atrocidades.
Será que isto tem algo a ver com a nossa sociedade? Creio que nos aproximamos rapidamente de um período tal como este que acabamos de ler.
Para ler mais sobre este assunto, dê uma olhada no estudo "Por que os Homem Não Falam".

Preparando o Caminho para Ana e Samuel

Juízes não é um livro do mais agradáveis. Se alguém fizesse um filme minucioso sobre ele, a classificação teria que ser "R" ("restricted": proibido para menores de 18 anos), devido à violência e à perversão sexual. Todavia, Juízes foi colocado na Bíblia com um propósito. Ele nos mostra como as coisas ruins entraram em Israel antes da chegada de Davi. Vamos dar mais uma olhada no gráfico do Velho Testamento, que mostra como Juízes se encaixa na história de Israel.
Embora tenhamos traçado o declínio da sociedade israelita de acordo com o papel desempenhado pelas mulheres, o autor de Juízes também começou a elaborar um outro tema para apresentar a seus leitores. A pista está numa frase que aparece no início de cada seção: "Havia um (certo) homem de...”
Esta frase é apenas encontrada em Juízes (duas vezes), Rute (uma vez) e I e II Samuel. Acho que é esta uma boa pista de que foi Samuel quem escreveu Juízes e Rute também.
ainda outras duas mulheres sobre as quais não falamos: a mãe de Sansão e a mãe de Mica. Elas não se encaixam no cenário anterior, mas desempenham um papel importante no desenrolar do outro tema. Estas senhoras servem como realce na história para a introdução de Ana e seu filho.
Juízes 13:2 diz: "Havia um homem de Zorá...", cuja esposa era estéril e o Anjo do Senhor apareceu a ela e lhe disse que ela teria um filho a quem dedicaria ao serviço do Senhor, e ela teve Sansão. Como vimos, Sansão foi um grande guerreiro, mas não um grande líder. Sua vida foi um desastre. Por isso, a história da mãe de Sansão serve para realçar a história de Ana, apresentada em I Samuel.
Juízes 17:1 diz: "Havia um homem da região montanhosa...” Outra mãe é apresentada. A história da mãe de Mica também serve como realce para a história de Ana. Quando Mica admite ter roubado os 1100 ciclos de prata, sua mãe o abençoa (quando deveria tê-lo repreendido). Ela consagra ao Senhor o dinheiro devolvido e incumbe o filho de manter uma imagem de escultura e um ídolo de fundição feitos com parte da prata. Este ídolo acaba sendo usado pelos danitas para estabelecer o culto religioso em Laís (18:30-31). Uma vez mais vemos um personagem induzindo a nação em erro.
Rute 1:1 diz: “Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe..." Esta frase é semelhante às frases encontradas em Juízes e o autor está prestes a nos apresentar Rute, a heroína da história. Novamente temos uma mulher como personagem de destaque. Rute se sobressai como uma luz resplandecente em meio às trevas do período dos juízes. Ela é exemplo de fidelidade, amor e lealdade - ideal de Deus para aqueles que são Seus. No entanto, quem cumpre esse ideal é uma mulher de fora, que não faz parte do povo de Deus.
Então, chegamos a I Samuel.
I Samuel 1:1 diz: "Houve um homem de Ramataim-Zofim...”
Ana é apresentada. Ela é estéril como a mãe de Sansão. Ela ora a Deus pedindo um filho e faz um voto de que o dedicará ao serviço do Senhor. Vemos que ela promete que jamais uma navalha passará sobre a cabeça dele. A frase introdutória "Houve um homem de...” deve relembrar ao leitor que isto se refere à história de Sansão. Com certeza, o voto sobre o cabelo também. Deus ouve a oração de Ana, Samuel nasce e ela o dedica ao Senhor. No capítulo 10, Deus usa Samuel para constituir um rei em Israel. Você deve se lembrar que o último comentário de Juízes foi: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto." Deus muda essa situação em I Samuel. Esta é outra pista literária de que o livro de Juízes nos prepara para a chegada do rei Davi. Assim, parece claro para mim que Juízes, Rute e Samuel foram escritos pelo mesmo autor. Em Juízes, ele mostra o declínio da nação. Em Rute, que é uma mulher estrangeira que exemplifica a fidelidade do amor de Deus. E depois, em I Samuel, a ascensão da nação de volta à grandeza pela liderança de Davi. A história de Davi e Golias faz-nos relembrar a história dos primeiros juízes - Otoniel, Eúde e Sangar. Davi também não usou uma arma incomum na luta contra o gigante Golias?
Fico impressionado com a seqüência dos livros de Juízes, Rute e I Samuel, e com a habilidade do autor em fazer a ligação entre eles.
Mas não devemos ficar apenas impressionados. Os homens devem se convencer de sua responsabilidade de confiar em Deus e tomar a liderança. E as mulheres, da futilidade de interferir e tomar as rédeas quando os homens não assumem seu papel.
Tradução: Mariza Regina de Souza (Igreja Presbiteriana do Pq. São Domingos - SP)

Pregadoras (Profetisas) na Bíblia

Séries - Lições sobre Mulheres Cristã

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Autora
Carolyn Goodman Plampin
Coordenadora de Lições sobre Mulheres Cristãs
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Mandar correio eletrônico para
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Diploma de Licenciado em Pedagogia, Universidade Federal do Paraná, Brasil, 20 de março de 1968
Mestrado em Divindade, Golden Gate Baptist Theological Seminary, 2 de junho de 1978
Missionária ao Brasil da Junta de Missões Internacionais da
Convenção Batista do Sul, 1957-1988
Coordenadora acadêmica (sem título) e professora, Instituto Bíblico Batista, A. B. Deter e
Seminário Teológico Batista do Paraná, Curitiba, 1959-1979
Coordenadora acadêmica e professora, Seminário de Educação Cristã, Recife, 1980-1986
A Bíblia Sagrada Versão da Imprensa Bíblica Brasileira
Baseada na Tradução em Português de João Ferreira de Almeida,
2a.Impressão (Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica Brasileira, 1974)
Project Wittenberg Greek Transliteration Table
by Rev. Robert E. Smith, 10 May 1996
(http://www.iclnet.org/pub/resources/text/wittenberg/greek-table.txt)
Tabela para Transliteração do Grego
 

Conteúdo

I. - Introdução

II. - Passagens do Velho Testamento Relevantes às Pregadoras (Profetisas)

II. 1. - Passagens no Velho Testamento sobre Pregadoras (Pofetisas)
II. 2. - Pregadoras (Profetisas)
II. 2. A. - Vossas Filhas Pregarão (Profetizarão)
II. 2. B. - Miriã a Pregadora (Profetisa)
II. 2. C. - Débora, Pregadora (Profetisa) e Juíza
II. 2. D. - Hulda a Pregadora (Profeta)
II. 2. E. - Hulda a Fundadora do Cânon do Velho Testamento
II. 2. F. - Noadias uma Pregadora (Profetisa) Falsa
II. 2. G. - Filhas que Pregam (Profetizam) de Seu Próprio Coração

III. - Passagens do Novo Testamento Relevantes às Pregadoras (Profetisas)

Tabela para Transliteração

III. 1. - Mulheres Acompanhavam Jesus e os Doze nas Viagens de Cidade em Cidade
III. 2. - As Mulheres Estavam Juntas Quando Jesus Voltou Secretamente pela Galiléia para Ensinar aos seus Discípulos, e a Predizer Novamente a sua Morte e Ressurreição>
III. 3. - Dois Anjos Deram a Prova para as Mulheres a Respeito do Ensino de Jesus e Elas Ganharam Nota 10 na Prova!
III. 4. - As Mulheres Foram Mandadas Tanto por um Anjo como por Jesus Ressurgido a Falarem com Homens e Mulheres e Elas Falaram
III. 5. - Não Foi por acaso Que as Mulheres Foram as Primeiras Testemunhas de Jesus Ressurgido, pois Eram Testemunhas Predeterminadas por Deus. Portanto, São Mandadas Pregar ao Povo e Testificar

Cheirotoneo

III. 6. - Temos Ensinado para a Mulher Até Agora Que Não Deve Obedecer a Grande Comissão na Sua Inteireza, entretanto, as Mulheres do Novo Testamento e da Igreja Primitiva Obedeceram
III. 6. A. - A Grande Comissão em João
III. 6. B. - A Grande Comissão em Mateus
III. 6. C. - A Grande Comissão em Lucas
III. 6. D. - A Grande Comissão em Atos
III. 7. - No Dia de Pentecostes o Espírito Santo Descia em Todos
III. 8. - Os Dons do Espírito Santo São para Homens e Mulheres
III. 9. - Se Saulo Arrastou Mulheres para a Prisão, Não Devia Ter Sido por Elas Ficarem Caladas. De Fato, Atos Diz Que os Que Foram Dispersos Iam por Toda Parte Anunciando a Palavra.

IV. - As Pregadoras (Profetisas) no Novo Testamento

IV. 1. - Ana Era uma Pregadora (Profetisa) e uma Viúva
IV. 2. - A Mulher Samaritana Pregava (Profetizava) a Homens e Mulheres
IV. 3. - As Quatro Filhas de Filipe Eram Virgens e Pregadoras (Profetisas)
IV. 4. - Jezabel, a Pregadora (Profetisa)

V. - Bibliografia

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I. - Introdução

Nós devemos crer na mulher pregadora (profetisa) porque é ensinada na palavra de Deus.
  • No Velho Testamento os três exemplos principais de mulheres pregadoras (profetisas) são: Miriã, Débora, e Hulda.
  • Jesus ensinava mulheres, e anjos e Jesus ressurgido comissionavam mulheres a testemunharem.
  • A Grande Comissão na sua inteireza foi dada tanto à mulher como ao homem.
  • O Espírito Santo distribui soberanamente seus dons para o bem comum da igreja e não são condicionados pelo gênero.
  • Deus predeterminou as testemunhas para as quais Jesus ressurgido podia se tornar visível, e as mulheres foram as primeiras testemunhas. O trabalho destas testemunhas é pregar e testificar.
  • No Novo Testamento há sete exemplos claros de mulheres pregadoras (profetisas): Ana, a mulher samaritana, as quatro filhas de Filipe, e Jezabel.
Na primeira história da igreja que chegou até nós por Eusébio, nove pregadores (profetas) ortodoxos são citados: cinco mulheres e quatro homens: As quatro filhas de Filipe, Ámias da Filadélfia, Ágabo, Judas, Silas e Quadratus.
Devemos nos arrepender de não ter ensinado, crido e obedecido às passagens bíblicas a respeito da mulher pregadora (profetisa).
Neste estudo eu uso "pregadora" quando escrevo porque é a tradução mais comum em nossa língua de hoje, mas uso "profetisa" quando estou citando a Bíblia ou outro autor. Deve-se saber que a palavra profetisa não é uma tradução e sim uma transliteração, o que vamos explicar adiante.
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II. - Passagens do Velho Testamento Relevantes às Pregadoras (Profetisas)

Vamos estudar passagens no Velho Testamento sobre mulheres proclamar e pregadoras (profetisas).
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II. 1. - Passagens no Velho Testamento sobre Pregadoras (Profetisas)

Nós precisamos lançar mão à tradução judaica, pois a nossa encobre o fato que é mulheres que estavam proclamando. No hebraico "as mulheres que proclamam as boas novas" (hamevasseroth) é o artigo feminino mais o piel particípio feminino plural que tornam claro que foram as mulheres que estavam proclamando.
Salmos 68:12 - O Senhor dá a palavra; As mulheres que proclamam as boas novas (hamevasseroth) são uma grande multidão. (The Lord giveth the word; The women that proclaim the tidings are a great host.
(The Holy Scriptures. The Jewish Publication Society, p. 916.)
Salmos 68:11 - O Senhor proclama a palavra: grande é a companhia dos que anunciam as boas-novas.
(A Bíblia Sagrada, Versão Imprensa Bíblica Brasileira, p. 628.)
Este lapso de não traduzir o feminino não é por falta de perícia.
O pregador (profeta) Joel profetizou que "as vossas filhas profetizarão"
Joel 2:28-29 - Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.
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II. 2. - Pregadoras (Profetisas)

Deus chamou e usou pregadoras (profetisas) no Velho Testamento.
Leonard Swidler no seu livro Biblical Affirmations of Woman (Afirmações Bíblicas da Mulher), trata de mulheres profetas.
Há uma variedade de características que são atribuíveis aos profetas, mas basicamente um profeta é um através do qual Deus fala. A palavra hebraica para profeta é nabi, e sua forma feminina é nebiah. É usada a referir a quatro mulheres específicas na Bíblia hebraica. A única outra vez que a palavra nebiah é usada está em Is. 8:3, onde aparentemente se refere à esposa do profeta.
(Swidler, Biblical Affirmations of Woman (Afirmações Bíblicas da Mulher), p. 85.)
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II. 2. A. - Vossas Filhas Pregarão (Profetizarão)

Talvez a última referência na Bíblia hebraica a mulheres profetizando ocorra nos escritos do profeta provavelmente pos-exílico Joel. Ele não hesita em usar a forma do verbo "profetizar" (nb') em se referir a mulheres:
Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão (nibe'u). (Joel 2:28-29)
(Swidler, Biblical Affirmations of Woman (Afirmações Bíblicas da Mulher), p. 85.)
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II. 2. B. - Miriã a Pregadora (Profetisa)

Nós somos informados em Num. 26:59 e I Cron. 5:29 que Miriã, Moisés, e Arão foram irmãos. Desde que eles são os únicos mencionados, Miriã é suposta a ser a irmã de Moisés referida na história de Ex. 2:4-9, que ofereceu achar uma ama-de-leite hebraica para o menino exposto da filha de Faraó -- Moisés. Miriã foi chamada pelo escritor mais antigo da Bíblia (J) uma mulher profetisa (nebiah) quando ela cantou um cântico de vitória sobre Yahweh na ocasião da fuga dos israelitas do exército de Faraó:
Então, Miriã, a profetisa (nebiah), irmã de Arão, tomou na mão um tamboril, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris, e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro. (Ex. 15:20-21)
Que Miriã foi uma profetisa, quer dizer, uma através da qual Deus falou, foi também claramente implícito numa outra passagem:
Ora, falaram Miriã e Arão contra Moisés ... E disseram: Porventura falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? (Núm. 12:1-2)
O profeta Miquéias, que viveu durante o século oitavo A.E.C. (antes da Era Comum), foi aparentemente o recipiente de uma tradição que deu Miriã um papel de liderança muito significativo na história primitiva Israelita -- uma proeminência que alguns estudiosos das Escrituras acreditam que foi mais tarde baixada em parte de modo a elevar Moises até mais alto -- será que também pudesse ser porque mulheres profetas e líderes religiosas estavam associadas com as sacerdotisas da Deusa? De qualquer maneira, Miquéias se refere a Miriã e Moisés e Arão no mesmo nível:
Ó povo meu, que é que te tenho feito? e em que te enfadei? testifica contra mim. Pois te fiz subir da terra do Egito, e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti a Moisés, Arão e Miriã.(Miquéias 6: 3-4)
A história da repreensão da Miriã (Núm. 12:1-16) é um tanto confusa e desequilibrada, outra vez levantando a questão de se foi escrita, ou revisada, para rebaixar Miriã face a face com Moisés e Arão. O primeiro elemento da confusão é que ambos Miriã e Arão (com Miriã na liderança) "falaram contra" Moisés em conexão com a mulher cuchita com quem ele casou (Núm. 12:1), mas o que então seguiu aparentemente não teve nada a ver com a mulher cuchita. Ao contrário, se focalizou na afirmação de Miriã e Arão de ser líderes, profetas dos israelitas junto com Moisés. Concebivelmente uma rixa sobre o casamento com uma estrangeira pode ter precipitado um confronto sobre o poder, mas aquela não está clara nas Escrituras. O que está claro é que a Miriã, uma mulher reivindicou liderança, profecia, falar por Deus, e foi rebaixada.
O segundo elemento problemático nesta história é que embora ambos Miriã e Arão juntamente, igualmente, disputaram a liderança solitária de Moisés, somente a Miriã foi punida -- e muito severamente! Ela foi feita uma leprosa, alguém que contaminaria os outros que tiveram contato com ela. ... Mas porque é somente a mulher que "se tornara leprosa" e é, portanto isolada? ... Foi isso de alguma maneira ligado a condição social relativamente alta que mulheres tiveram no Egito do qual os israelitas estavam fugindo, e com as sacerdotisas de lá que serviram a poderosa Deusa?
Swidler, Biblical Affirmations of Woman (Afirmações Bíblicas da Mulher), pp. 85-86.)
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II. 2. C. - Débora, Pregadora (Profetisa) e Juíza

Até se pode datar o conteúdo difícil do Livro de Juízes, Débora é dita a ter vivido talvez no século doze A.E.C., quer dizer, antes do estabelecimento do Reino de Israel debaixo de Saulo, Davi, e Salomão. Débora é chamada uma profetisa, nebiah. Ela foi uma porta-voz de Yahweh:
Ora, Débora, profetisa ... julgava a Israel naquele epoca. ... Mandou ela chamar a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes-Naftali, e disse-lhe: Porventura o Senhor Deus de Israel não te ordena, dizendo: Vai, e atrai gente ao monte Tabor. (Juízes 4:4, 6)
Como já foi notado, Débora foi também chamada uma juíza, quer dizer, uma que dispensa justiça e é de maneira especial um instrumento para a justiça de Deus. No papel anterior ela exerceu o então mais alto papel de liderança em potencial em Israel:
Ora, Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. Ela se assentava debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ter com ela para julgamento. (Juízes 4:4-5)
[É interessante notar que tão tardio como o oitavo século A.E.C. há relatos que mulheres serviram como juízes e magistradas fora de Israel, em Nimrud no norte da Mesopotâmia -- ver Stone, When God Was a Woman (Quando Deus Foi Mulher), p. 44.]
Neste último papel, como um instrumento especial da justiça de Deus, Débora exerceu a liderança mais decisiva, pois quando Israel foi literalmente oprimido ela conclamou homens e a vontade de lutar pela liberdade. O general israelita disse que ele somente lutaria se ela abrisse o caminho, o que ela fez. Débora deu a ordem de atacar, e a vitória foi de Israel. Depois:
E a terra teve sossego por quarenta anos. (Juízes 5:32)
(Swidler, Biblical Affirmations of Woman (Afirmações Bíblicas da Mulher), p.87.)
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II. 2. D. - Hulda a Pregadora (Profeta)

Hulda foi a terceira mulher dada o título de profetisa nebiah durante o reino de Josias o rei reformador de Yahweh na última parte do século sete A.E.C. É a única vez que ela aparece na Bíblia, mas aquela aparição é muito extraordinária. Josias teve embarcado numa reforma religiosa, no meio da qual Hilquias, o sumo sacerdote do Templo em Jerusalém, disse que ele tinha descoberto o livro da lei de Yahweh -- presumidamente uma forma antiga do presente livro de Deuteronômio. O livro foi apresentado ao rei piedoso, que foi profundamente impressionado pelo livro e também profundamente perturbado que as suas prescrições não estivessem sendo cumpridas -- tanto que ele rasgou seus vestes, mandou chamar seus principais conselheiros e o sumo sacerdote e disse: "Ide, consultai ao Senhor por mim, e pelo povo ... ". (II Reis 22:13) A coisa extraordinária, de um ponto de vista, é que foram para uma profetisa! É extraordinário em vista da grande hostilidade de longo tempo entre os devotos de Yahweh e os devotos da Deusa, ou sobre o nome de Asherah, Astarte, ou Anath. Por exemplo, em II Reis 23, quando as reformas religiosas do Rei Josias são descritas, a destruição dos santuários de Asherah ou Astarte é mencionada especificamente seis vezes em versículos 4 a 15 (vs. 4, 6, 7, 13, 14, 15). Por outro lado, talvez porque a adoração da Deusa foi tão difundida e o papel religioso proeminente que as mulheres naturalmente tiveram tão costumeiro, a presunção óbvia que Josias, Hilquias, e os outros devotos de Yahweh claramente tiveram a respeito de uma mulher sendo capaz de ser a porta-voz da deidade, até de Yahweh, não foi de admirar.
Os emissários do rei aproximaram-se a Hulda nos moldes comuns, e ela respondeu da maneira profética comum, quer dizer, ela começou com a frase: "Assim diz o Senhor". Ela proferiu avisos terríveis pelos malefícios.
Então o sacerdote Hilquias, e Aicão, e Acbor, e Safã, e Asaías foram ter com a profetisa (nebiah) Hulda ... E ela lhes respondeu: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: Assim diz o Senhor: ... Todavia ao rei de Judá, que vos enviou para consultar ao Senhor, assim lhe direis: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ... Então voltaram, levando a resposta ao rei. (II Reis 22: 14-20)
(Swidler, Biblical Affirmations of Woman (Afirmações Bíblicas da Mulher), pp. 88-89.)
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II. 2. E. - Hulda a Fundadora do Cânon do Velho Testamento

Uma estudiosa tem notado que ao começo do julgamento crucial a respeito de que livros deveriam ser aceitos no cânon da Bíblia nós achamos uma mulher, Hulda.
Josias como rei e chefe do povo judaico aceitou a avaliação da Hulda do rolo como a palavra autêntica de Yahweh e entrou num pacto com Yahweh para seguir todos os mandamentos e decretos no rolo. Isso marcou a primeira vez que qualquer parte das escrituras hebraicas foi oficialmente reconhecida como autêntica. O reconhecimento de Josias do Livro da Lei, então, representa o início do nosso cânon bíblico. E a autoridade de fazer julgamento nesta entrada inicial no cânon foi dada a uma mulher. Ao começo da Bíblia nós achamos Hulda; nela nós descobrimos a primeira autoridade, a fundadora dos estudos bíblicos. Como é poderemos perdê-la de vista todos estes anos?
(Arlene Swidler, "In Search of Huldah", The Bible Today, November 1978, p. 1783.)
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II. 2. F. - Noadias uma Pregadora (Profetisa) Falsa

A narrativa pré-exílica sobre Hulda, do sétimo século, é a última referência na Bíblia hebraica a respeito de uma mulher profetisa (nebiah), a não ser (a referência mais geral de Joel 2:28, discutida acima): uma referência muita breve a Noadias (cujo nome, é interessante saber, significa "Yah(weh) se reune"), que tem o título de profetisa (nebiah), mas uma que aparentemente tentou atemorizar impropriamente o restaurador de Jerusalém, Neemias. Se mulheres podem ser profetisas, elas presumivelmente, como homens, também podem ser profetisas falsas. A Escritura simplesmente diz:
Lembra-te, meu Deus, de Tobias, conforme estas suas obras; e também da profeta (nebiah) Noadias, e dos demais profetas que procuravam atemorizar-me. (Neh. 6:14)
(Swidler, Biblical Affirmations of Woman (Afirmações Bíblicas da Mulher), p. 89.)
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II. 2. G. - Filhas que Pregam (Profetizam) de Seu Próprio Coração

Há mais uma passagem no Velho Testamento que fala muito naturalmente a respeito da mulher pregadora e mostra que é o conteúdo da mensagem e não o gênero da pessoa que é o importante.
E tu, ó filho do homem, dirige o teu rosto contra as filhas do teu povo, que profetizam de seu próprio coração; e profetiza contra elas. (Ezequiel 13:17)
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III. - Passagens do Novo Testamento Relevantes às Pregadoras (Profetisas)

Vamos estudar passagens no Novo Testamento que são à base da pregação (profetizção) pela mulher e também, os sete exemplos de pregadoras (profetizas): Ana, a mulher samaritana, as quatro filhas de Filipe, e Jezabel. Devemos entender que mais tarde na história as mulheres foram mandadas parar de falar e pregar (profetizar), mas isso não é o ensino dos evangelhos.
Nós não vamos entrar no estudo de conciliar os versículos usados contra a liderança da mulher na igreja (1 Cor. 11:2-16, 1 Cor. 14:34-35, 1 Tim. 2:8-15) e nem no estudo das passagens que recomendam que a mulher casada se sujeita ao seu marido (Efé. 5:21-33, Col. 3:18, 1 Ped. 3:1-7), pois estes são estudos muito grandes.
Antes de entrar na parte do estudo sobre o Novo Testamento, é bom saber um pouco sobre palavras em grego que não foram traduzidas e sim transliteradas.
Transliteração é o processo de escrever as letras de uma língua em as letras de outra língua, neste caso grego em português. É então polida um pouco a palavra para soar melhor em português, porém, ainda fica uma palavra não traduzida em grego. Algumas palavras que usamos têm sido transliteradas e não traduzidas, como pôr exemplo:

Tabela para Transliteração

Grego Escrito em
Letras de Português
Transliteração
Tradução
Apóstolos
Apóstolo
Missionário
Ho Diakonos
Diácono
Heh Diakonos
Mulher Diácono
Serva
Epistole
Epístola
Carta
Presbuterion
Presbitério
Concílio de Anciãos (Pastores)
Presbuteros
Presbítero
Ancião (Pastor)
Presbutera
Presbítera
Anciã (Pastora)
Presbutes
Presbítero
Ancião,
homem velho ou idoso (Pastor)
Presbutis
Presbítera
Anciã,
mulher velha ou idosa (Pastora)
Prophetes
Profeta
Pregador
Prophetis
Profetisa
Pregadora
Neste estudo usamos "mulher diácono" quando se refere ao texto bíblico e "diaconisa" quando se refere a textos escritos depois desta palavra entrar em uso no terceiro século.
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III. 1. - Mulheres Acompanhavam Jesus e os Doze nas Viagens de Cidade em Cidade

Lucas 8:1-3 - Logo depois disso, andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e iam com ele os doze, bem como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades; Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, Mulher de Cuza, procurador de Herodes, Susana, e muitas outras que os serviam com os seus bens. (Harmonia, p. 54)
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III. 2. - As Mulheres Estavam Juntas Quando Jesus Voltou Secretamente pela Galiléia para Ensinar aos seus Discípulos, e a Predizer Novamente a sua Morte e Ressurreição

Marcos 9:30-32 - Depois, tendo partido dali, passava pela Galiléia, e ele não queria que ninguém o soubesse; porque ensinava a seus discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, que o matarão; e morto ele, depois de três dias ressurgirá. Mas eles não entendiam esta palavra, e temiam interrogá-lo.
(Veja também Mateus 17:22-23 e Lucas 9:43B-45.) (Harmonia, p. 100)
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III. 3. - Dois Anjos Deram a Prova para as Mulheres a Respeito do Ensino de Jesus e Elas Ganharam Nota 10 na Prova!>

Lucas 24:4-8 - Eis que lhes apareceram dois varões em vestes resplandecentes ... eles lhes disseram ... Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressurja. Lembraram-se então das suas palavras.
(Harmonia, p. 215)
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III. 4. - As Mulheres Foram Mandadas Tanto por um Anjo como por Jesus Ressurgido a Falarem com Homens e Mulheres e Elas Falaram

Anjos mandaram as mulheres falarem aos discípulos e a Pedro; Jesus mandou não temais, ide dizer a meus irmãos; as mulheres voltando do sepulcro anunciaram todas estas coisas aos apóstolos e aos demais; Jesus mandou Maria Madalena a ir para os irmãos e dizer-lhes. Porisso Maria Madalene tem sido chamado a apóstola aos apóstolos.
Podemos nos perguntar se anjos e Jesus entenderam bem à sociedade em que estes homens e mulheres viviam? Isso é uma pergunta até indelicada. Claro que entenderam. Estas passagens devem nos ensinar que tanto mulheres como homens falaram à vontade no meio dos discípulos de Cristo. Se mais tarde tentaram por fim a esta prática, para se conformar com o mundo, devemos conciliar aquelas passagens com o ensino de anjos e Jesus.
Mateus 28:7-10 - (O anjo disse) ide depressa, e dizei aos seus discípulos que ressurgiu dos mortos, e eis que vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. ... E, partindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos. E eis que Jesus lhes veio ao encontro, dizendo: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram. Então lhes disse Jesus; Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão para a Galiléia; ali me verão.
(Harmonia, pp. 214, 216)
Marcos 16:7 - (Um moço ... vestido de alvo manto ... disse) Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.
(Harmonia, p. 214)
Lucas 24:9-10 - E, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais. E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago; também as outras que estavam com elas relataram estas coisas aos apóstolos. E pareceram-lhes como um delírio as palavras das mulheres e não lhe deram crédito.
(Harmonia, p. 214)
João 20:17-18 - Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. E foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: Vi ao Senhor! -- e que ele lhe dissera estas coisas.
(Harmonia, p. 216)
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III. 5. - Não Foi por acaso Que as Mulheres Foram as Primeiras Testemunhas de Jesus Ressurgido, pois Eram Testemunhas Predeterminadas por Deus. Portanto, São Mandadas Pregar ao Povo e Testificar

Atos 10:39-43 - "Nós somos testemunhas de tudo quanto fez, tanto na terra dos judeus como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro. A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e lhe concedeu que se manifestasse (que se tornasse visível) não a todo o povo, mas às testemunhas predeterminadas (prokecheirotonehmenois) por Deus, a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos; este nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos. A ele todos os profetas dão testemunho de que todo o que nele crê receberá a remissão dos pecados pelo seu nome."
A palavra "predeterminada" vem da palavra predileta dos teólogos para a ordenação ou consagração, a palavra cheirotoneoem grego. Isso, achou eu porque no decorrer do tempo muda o conceito desta palavra das mãos dos membros da igreja levantadas para votar para as mãos do bispo impostas na cabeça dos ordinandos. É usado somente três vezes no Novo Testamento. Vamos ver estes três usos. Se esta é uma palavra usada para ordenação ou consagração, então as testemunhas para as quais Jesus podia se tornar visível eram ordenadas ou consagradas por Deus e as mulheres foram as primeiras.
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Cheirotoneo

Cheir significa mão.
Bauer - escolher, eleger levantando a mão, indicar, instalar.
(Bauer, A Greek-English Lexicon of the New Testament, p. 881.)
Young - eleger estendendo a mão.
(Young, Analytical Concordance to the Bible, p. 722.)
Atos 10:40-41a - A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e lhe concedeu que se manifestasse (que se tornasse visível), não a todo o povo, mas às testemunhas predeterminadas (prokecheirotonehmenois) por Deus ... este nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.
Atos 14:23 - (Paulo e Barnabo) E, havendo-lhes feito eleger (cheirotonehsantes) anciãos em cada igreja, e orado com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
2 Coríntios 8:18-19 - E juntamente com ele (Tito) enviamos o irmão cujo louvor no evangelho se tem espalhado por todas as igrejas; e não só isto, mas também foi escolhido (cheirotonehtheis) pelas igrejas para ser nosso companheiro de viagem no tocante a esta graça que por nós é ministrada para glória do Senhor e para provar a nossa boa vontade.
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III. 6. - Temos Ensinado para a Mulher Até Agora Que Não Deve Obedecer a Grande Comissão na Sua Inteireza, entretanto, as Mulheres do Novo Testamento e da Igreja Primitiva Obedeceram

Se acreditemos seriamente que as Grandes Comissões se aplicam às mulheres em ministério, iríamos afirmar que elas têm a autoridade de: perdoar e reter pecados, batizar, ensinar, pregar, e testemunhar. Entretanto, nós ensinarmos que escritos posteriores a Jesus anulam as ordens de Jesus.
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III. 6. A. - A Grande Comissão em João

João 20:21-23 - Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E havendo dito isto, assoprou sobre eles, e disse-lhes: recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; àqueles a quem o retiverdes, são-lhes retidos.
(Harmonia, p. 222)
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III. 6. B. - A Grande Comissão em Mateus

Mateus 28:18-20 - E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
(Harmonia, p. 224)
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III. 6. C. - A Grande Comissão em Lucas

Lucas 24:46-49 - E disse lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.
(Harmonia, p. 225)
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III. 6. D. - A Grande Comissão em Atos

Atos 1:8 - Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.
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III. 7. - No Dia de Pentecostes o Espírito Santo Descia em Todos

Atos 2:1-6 - Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se à multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
Atos 2:16-18 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos anciãos terão sonhos; e sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.
Pedro achou que a profecia de Joel de que "suas filhas profetizarão" foi cumprida no dia de Pentecostes. Nossa atitude como crentes deve ser de crer na profecia de Joel e de acreditar com o missionário (apóstolo) Pedro que este dia se cumpriu no dia de Pentecostes com a vinda do Espírito Santo.
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III. 8. - Os Dons do Espírito Santo São para Homens e Mulheres

Que eu saiba, não há teólogos que negam que as mulheres receberam os dons do Espírito Santo, mas que há teólogos que negam que elas devam exercer todos os dons recebem. Em ler as passagens que tratam dos dons, pergunte-se a si mesmo quais os dons que na sua mente são reservados para os homens e não devem ser exercidos pelos mulheres.
Romanos 12:4-8 - Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria.
Romanos 11:29 - Porque os dons e a vocação de Deus são irretratáveis.
I Cor. 12:1, 4-11, 13, 18, 27-28, 31.
vs. 1 - Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
vs. 4- 11 - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria: a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência: a outro, pelo mesmo Espírito, a fé: a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar: a outro a operação de milagres: a outro a profecia, a outro o dom de discernir espíritos: a outro a variedade de línguas: e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.
vs. 13 - Pois, em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito.
vs. 18 - Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.
vs. 27-28 - Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
vs. 31 - Mas procurai com zelo os maiores dons.
I Coríntios 14:
vs. 1-4 - Segui o amor; e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios.Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.
vs. 5 - Ora, quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis, pois quem profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.
vs. 12 - Assim também vós, já que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da igreja.
vs. 26-30 - Que fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete ... E falem os profetas, dois ou três, e os outros julguem. Mas se a outro, que estiver sentado, for revelada alguma coisa, cale-se of primeiro.
vs. 31 - Porque todos podereis profetizar, cada um por sua vez; para que todos aprendam e todos sejam consolados.
vs. 39 - Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas.
Efésios 4:7, 11-12 - Mas a cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo ... E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra de ministério, para edificação do corpo de Cristo.
I Pedro 4:10-11 - Servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém.
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III. 9. - Se Saulo Arrastou Mulheres para a Prisão, Não Devia Ter Sido por Elas Ficarem Caladas. De Fato, Atos Diz Que os Que Foram Dispersos Iam por Toda Parte Anunciando a Palavra.

Atos 8:3-4 - Saulo porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os entregava à prisão. No entanto os que foram dispersos iam por toda parte, anunciando a palavra.
(Veja também Atos 9:1-2; Atos 22:4-5; Atos 26:9-11; 1 Cor. 15:9; Gál. 1:13-14; Fil. 36)
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IV. - As Pregadoras (Profetisas) no Novo Testamento

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IV. 1. - Ana Era uma Pregadora (Profetisa) e uma Viúva

Lucas 2:36-38 - Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era já avançada em idade, tendo vivido com o marido sete anos desde a sua virgindade; e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. Chegando ela na mesma hora, deu graças a Deus, e falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
(Harmonia, p. 8.)
Séculos depois, cerca de 400 d.C., a igreja ainda achava esta vida apropriada para as viúvas, que erampresbuteras/presbutidas - anciãs ou pastoras (1 Tim. 5:2, Tito 2:3) como mostra O Testamento do Nosso Senhor, um dos manuais primitivas da igreja:
Depois que ela está (indicada) assim, que não tenha ansiedade a respeito de qualquer coisa, mas que fique na solidão e tenha folga para suplicações piedosas. Pois o alicerce de santidade e vida de uma viúva tal como esta é solidão. Pois ela não tem amado nenhum outro a não ser que o Deus dos deuses, o Pai que está nos céus. Mas em horas marcadas que ela louve a sós, durante a noite [e] na madrugada.>
(The Testament of Our Lord, p. 109.)
Este mesmo manual primitiva da igreja mostra que os obreiros, inclusive as viúvas e diaconisas residiram na igreja:
Eu lhe digo portanto como o santuário deve ser: ... Que a casa do bispo esteja ao lado daquele lugar que está chamado à corte da frente. Também a (casa) das viúvas que são chamadas "aquelas que se assentam na frente".Também que a (casa) dos presbíteros e diáconos esteja atrás do batistério. Que as diaconisas residam ao lado da porta da casa do Senhor. Que a Igreja tenha uma casa de hospedagem perto, onde o chefe dos diáconos possa receber estrangeiros.
(The Testament of Our Lord, pp. 62-64.)
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IV. 2. - A Mulher Samaritana Pregava (Profetizava) a Homens e Mulheres

João 4:4-42 - (vs. 39 - E muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher.
(Harmonia pp. 23-24.)
Alvin John Schmidt no seu livro Veiled and Silenced, How Culture Shaped Sexist Theology (Velada e Silenciada, Como a Cultura Moldou a Teologia Sexista), escreveu de maneira muito interessante a respeito do encontro de Jesus com a mulher samaritana.
A maneira que Jesus tratou e respondeu à mulher samaritana, por exemplo, pode não parecer fora do comum para o leitor na cultura Ocidental de hoje. No entanto o que Ele fez foi extremamente radical para seu dia.
Em primeiro lugar, Ele não fez caso dos preconceitos que consideraram samaritanos a serem inferiores nas bases religiosas e étnicas. Os samaritanos não foram permitidos adorarem em Jerusalém. Eles reconheceram somente os cinco livros de Moisés como a palavra inspirada de Deus. Eles tendo "sangue gentio" foi mais uma razão que os judeus os viram como inferiores. A mulher samaritana foi muito ciente destes preconceitos que os judeus tiveram contra os samaritanos. Ela também foi ciente de viver numa cultura machista, porque quando Jesus aproximou-se dela e pediu de beber, ela lhe perguntou: "Como sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana"? (João 4:9)
Em segundo lugar, ele não fez caso do fato que a samaritana foi uma mulher. Jesus confrontou não somente o fanatismo judeu contra os samaritanos, mas ele também atacou os preceitos contra mulheres com as suas ações.Note que a mulher poderia ter dito meramente, "Como sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, uma samaritana"? Mas ao invés disso ela disse: "que sou mulher samaritana".
Falar com uma samaritana foi suficientemente ruin, mas Jesus também falou com uma mulher em público. Tal ato foi pisar os valores altamente reverenciados da comunidade hebraica. Lembre-se, os rabinos, que refletiram os valores agrícola-patriarcais da época de Jesus, ensinaram "Aquele que fala com uma mulher [em público] traz maldade sobre si" (Aboth 1:5). Um outro ensinamento rabínico declarou: "Não se deve nem saudar uma mulher" (Berakhoth 43b).
Jesus não somente falou com uma mulher em público e assim abertamente violou uma das doutrinas religiosas rabínicas, mas Ele também fez mais do que só falar; Ele a ensinou teologia. Ele disse para ela: "Deus é Espírito, e é necessário que os que adoram o adorem em espírito e em verdade" (João 4:24). Este foi um ato nem cogitável para um piedoso homem judeu. Agora, nós precisamos nos lembrar que a lei oral ... ensinou: "Deixem as palavras da Lei [Torah] ser queimadas em vez de ser ensinadas a mulheres. ... Se um homem ensinar a sua filha a Lei, é como se ensinasse devassidão para ela" (Sotah 3:4). Os discípulos, como judeus fiéis, foram surpresos e perplexos que Ele estava tendo uma conversa com uma mulher. O texto diz: "E se admiravam de que estivesse falando com uma mulher" (João 4:27). Eles não estavam admirados porque Ele estava falando com uma mulher samaritana, mas ao contrário porque Ele estava interagindo com qualquer mulher.
O fato que Jesus ensinou teologia para a mulher samaritana não tem, com poucas exceções, sido notado pelos teólogos masculinos da igreja. Os poucos que notaram foram demasiadamente amarrados pela cultura para ajudar a igreja a aprender e beneficiar do comportamento que abriu precedente. Por exemplo, Origem viu a mulher samaritana como uma apóstola (Commentariorum in Evangelium Joannis 14.417). Semelhantemente, Theofilactos (morreu depois de 1071) disse que Jesus fez uma apóstola da mulher samaritana (Ennarratioin Evangelium Joannis 4.1241). No entanto, nem Origem nem Teofilactos encorajaram a igreja a fazer uso de mulheres para ensinar publicamente as palavras e os feitos de Jesus Cristo.
Estes dois teólogos, como inúmeros outros, falharam em ver que Jesus reagiu à mulher samaritana assim como reagiu aos homens. Eles também falharam em notar que quando Ele e a mulher partiram, Ele não disse: "Mulher fique calada". Nem Ele disse que ela não podia ensinar. De fato, João diz que esta mulher falou aos outros publicamente a respeito do que ela experimentou no seu encontro com o carpinteiro de Nazaré. E mais do que isso, ela deve ter sido muito eficiente no seu falar público, pois nós lemos: "Muitos samaritanos ... creram nele, por causa da palavra da mulher" (João 4:39).
(Schmidt, Veiled and Silenced, pp. 165-167.)
Jesus ensinou a mulher samaritana, ela falou publicamente e convenceu muitos a crerem. Mas com tempo os ensinamentos de Jesus quanto à mulher foram sufocados e ensinamentos baseados na reação à cultura substituídas. Estes ensinamentos da cultura disseram: mulher pagã fala de modo que mulher crente não deve falar em público; é lugar do homem falar de modo que mulher não deve falar em público.
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IV. 3. - As Quatro Filhas de Filipe Eram Virgens e Pregadoras (Profetisas)

Atos 21:8-9 - Partindo no dia seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Tinha este quatro filhas virgens que profetizavam.
Estas mulheres já eram virgens e pregadoras (profetisas) reconhecidas quando Paulo e seu grupo passaram pela cidade porto da Cesaréia. Elas receberam a sua autoridade de Jesus Cristo.
O primitivo historiador do Cristianismo, Eusébio (260-340 E.C., data por Roberts e Donaldson), escreve varias vezes a respeito das filhas de Filipe, no entanto se você estudar nos seminários de hoje os historiadores modernos nem as mencionam. Numa ocasião Eusébio cita um escritor de Hierápolis que por sua vez cita Miltiades um historiador antes dele, em que ele critica a prática de Môntano e as mulheres pregadoras (profetisas), Priscila e Maximila, por pregarem em extasia.
"Mas o falso profeta", ele diz, "é levado por uma extasia veemente, acompanhado por falta de toda vergonha e medo. Começando, de fato, com uma ignorância proposital, e terminando, como já tenho dito, em locura involuntária. Eles nunca serão capazes de mostrar que alguém do Velho ou alguém do Novo Testamento foi assim agitado violentamente e ficou fora de si em espírito. Nem serão capazes de se jactar que Ágabo, ou Judas, ou Silas, ou as filhas de Filipe, ou Ámias da Filadélfia, ou Quadratus, ou outros que não pertencem a eles jamais agiram desta maneira".
(Eusebius, Ecclesiastical History, Book V, Chapter XVII, p. 199.)
Este historiador de Hierápolis nomeia nove pregadores (profetas) do Novo Testamento, cinco mulheres (as quatro filhas de Filipe e Ámias da Filadélfia) e quatro homens. Estes são citados como autoridades do Novo Testamento a respeito da maneira certo a pregar.
Nós conhecemos Judas e Silas de Atos onde temos uma explicação do que os profetas fizeram.
Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram os irmãos com muitas palavras e os fortaleceram.(Atos 15:32)
Quando Eusébio escreve a respeito da controvérsia a respeito do dia certo para a páscoa, ele cita uma carta que Policrato, o bispo da igreja de Éfeso, escreveu ao Vitor, bispo da igreja de Roma (que reinou 189-198 E.). Policrato foi o oitavo bispo na sua família. Ele escreveu:
Pois na Ásia grandes luzes têm adormecidas, que se levantarão de novo no dia da aparição do Senhor, em que ele virá com glória do céu, e levantarão todos os santos; Filipe, um dos doze apóstolos, que dorme em Hierápolis, esuas duas filhas idosas virgens, sua outra filha também, que tendo vivido sobre a influência do Espírito Santo, agora da mesma maneira descansa em Éfeso.
(Eusebius, Ecclesiastical History, Book V, Chapter XVII, p. 208.)
Um documento de aproximadamente a mesma época das quatro filhas de Filipe é "The Teaching of the Twelve Apostles (O Ensino dos Doze Apóstolos)" ou também é chamado de "Didache (Ensinamento)". A sua data é cedo no segundo século. Dá orientação a respeito de um número de assuntos, incluindo profetas:
Mas concernente aos apóstolos e profetas, segundo o decreto do Evangelho, assim façais. Que cada apóstolo que chega a vós seja recebido como o Senhor. Mas ele não ficará a não ser um só dia; mas se houver necessidade, também o próximo; porém se ele ficar três dias, ele é um profeta falso. E quando o profeta for embora, que ele não leve nada a não ser pão até ele chegar ao próximo hospedagem; mas se ele pedir dinheiro, ele é um profeta falso. (Chapter XI)
Mas cada profeta verdadeiro que tem vontade de morar entre vós é digno do seu sustento. Assim também um professor verdadeiro é ele mesmo digno, como obreiro, de seu sustento. Toda primícia, portanto, dos produtos da prensa de lagar e da eira, de boi e de ovelha, vós deveis levar e dar aos profetas, pois eles são os seus sumo sacerdotes. Mas se vós não tiverdes um profeta, dais-a aos pobres. Se vós fizerdes uma massa de pão, tomais a primícia e dais segundo ao mandamento. Assim também quando vós abrirdes uma jarra de vinho ou de azeite, tomais a primícia e dais-a aos profetas; e de dinheiro (prata) e roupa e de cada possessão, tomais a primícia, como pareça bom para vós, e dais segundo ao mandamento. (Chapter XIII)
Indicais, portanto, para vós mesmos, bispos e diáconos dignos do Senhor, homens humildes e não gananciosos, e honestos e provados; pois eles também desempenham para vós o serviço de profetas e professores. (Chapter XV)
("The Teaching of the Twelve Apostles (O Ensino dos Doze Apóstolos)", Ante-Nicene Fathers, Vol. 7, pp. 380-381.)
Note que há um intercâmbio entre os termos apóstolos e profetas. Portanto, até cedo no segundo século, eram considerados no mesmo nível. O profeta ou pregador é considerado digno de sustento, porque são dito a serem vossos "sumo sacerdotes". Nós podemos perceber que, à medida que os apóstolos e profetas estavam morrendo, que os próximos líderes que surgiram eram bispos e diáconos, que foram dito a desempenharem o serviço de pregadores e professores.
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IV. 4. - Jezabel, a Pregadora (Profetisa)

A passagem a respeito de Jezabel à primeira vista parece desfavorável as mulheres, mas estudada cuidadosamente revela muito a respeito da atitude de Jesus para com a mulher pregadora (profetisa).
O missionário (apóstolo) João relata fielmente a correção pelo Filho de Deus da pregadora (profetisa) Jezabel. Quando João estava na ilha de Patmos teve uma visão, e foi mandado escrever o que viu em um livro e o mandar às sete igrejas. Uma destas foi à igreja de Tiatira.
Apocalipse 2:
18. Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes a latão reluzente:
19. Conheço as tuas obras, e o teu amor, e a tua fé, e o teu serviço, e a tua perseverança, e sei que as tuas últimas obras são mais numerosas que as primeiras.
20. Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos;
21. e dei-lhe tempo para que se arrependesse; e ela não quer arrepender-se da sua prostituição.
22. Eis que a lanço num leito de dores, e numa grande tribulação os que cometem adultério com ela, se não se arrependerem das obras dela:
23. e ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que esquadrinha os rins e os corações; e darei a cada um de vós segundo as suas obras.
24. Digo-vos, porém, a vós os demais que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram as chamadas profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei;
25. mas o que tendes, retende-o até que eu venha.
26. Ao que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade sobre as nações.
27. e com vara de ferro as regerá, quebrando-as do modo como são quebrados os vasos de oleiro, assim como eu recebi autoridade de meu Pai;
28. também lhe darei a estrela da manhã.
29. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Eram mais numerosas as últimas obras de amor, fé, serviço e perseverança da igreja de Tiatira do que as primeiras. Entretanto esta igreja estava sendo ensinada e seduzida por uma pregadora (profetisa) chamada Jezabel.
Jezabel estava ensinando os membros da igreja a continuarem práticas pagãs. Praticaram o sexo como uma comunhão com a Deusa. Comeram figos como o corpo e o sangue da deusa numa cerimônia semelhante à Ceia do Senhor. Por isso, podemos pensar que ela era uma recém convertida desta religião que ainda não deixou todas as práticas pagãs.
O missionário (apóstolo) João está relatando a sua visão. Quem manda esta mensagem é o "Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes a latão reluzente". (Apoc. 2:18)
O Filho de Deus revela a sua atitude para com a Jezabel quando diz "e dei-lhe tempo para que se arrependesse; e ela não quer arrepender-se da sua prostituição". (Apoc. 2:21) Para as mulheres de hoje é importante notar que o Filho de Deus não repreende Jezabel por ser pregadora (profetisa). Ele a quer como pregadora (profetisa) verdadeira. Por isso, Ele a dá tempo para se arrepender. Se isso não der resultados, Ele tenciona aplicar um castigo sério: "Eis que a lanço num leito de dores, e numa grande tribulação os que cometem adultério com ela, se não se arrependerem das obras dela". (Apoc. 2:22) Ela será lançada num leito de dores e os membros da igreja que a acompanharam nestas práticas sofrerão grande tribulação. "E ferirei de morte a seus filhos". (Apoc. 2:23) Seus filhos é um termo no Novo Testamento para os membros da igreja. Disso podemos ver que esta mulher pregadora exercia autoridade nesta igreja e havia aqueles que a seguiram.
O propósito destes castigos é que "todas as igrejas saberão que eu sou aquele que esquadrinha os rins e os corações; e darei a cada um de vós segundo as suas obras." (Apoc. 2:23) O que esta mulher ensina e pratica não é só de interesse local, mas serve de exemplo para todas as igrejas. O Filho de Deus não desaprovou da mulher pregar (profetizar) na igreja, mas aplicou uma série de medidas para que ela se corrigisse.
Esta passagem teria sido uma excelente oportunidade de deixar claro que pregar é só para homens, mas nem o Filho de Deus, na visão, e nem o missionário (apóstolo) João queriam que a Jezabel parasse.
Entendemos mais a seriedade da doutrina que Jezabel está ensinando quando lemos que é chamada de "profundezas de Satanás". (Apoc. 2:24) O filho de Deus tem paciência e corrige até uma mulher dessas e a usa como exemplo para todas as igrejas.
É alegado que como Deus é chamado de Pai, e Jesus foi macho e os doze missionários (apóstolos) foram machos que a mulher não pode exercer liderança na igreja. Mas nessa passagem nós temos uma mulher pregadora (profetisa), com seguidores, para quem o Filho de Deus está aplicando uma série de medidas para corrigir. Ele fala para todos os demais que não têm esta doutrina. Então promete autoridade "ao que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade sobre as nações". (Apoc. 2:26)
"Quem tem ouvidos, ouça que o Espírito diz às igrejas". (Apoc. 2:29)
O problema em Tiatira existia em inúmeras passagens do Velho Testamento. Vamos ver só esta:
E dize: Assim diz o senhor Deus: Ai das que cosem pulseiras mágicas para todos os braços, e que fazem véus para as cabeças de pessoas de toda estatura para caçarem as almas! ... Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis aqui eu sou contra as vossas pulseiras mágicas com que vós ali caçais as almas como aves, e as arrancarei de vossos braços; e soltarei as almas, sim as almas que vós caçais como aves. Também rasgarei os vossos véus, e livrarei o meu povo das vossas mãos, e eles não estarão mais em vossas mãos para serem caçados; e sabereis que eu sou o Senhor. Visto que entristecestes o coração do justo com falsidade, não o havendo eu entristecido, e fortalecestes as mãos do ímpio, para que não se desviasse do seu mau caminho, e vivesse; portanto não tereis mais visões vãs, nem mais fareis adivinhações; mas livrarei o meu povo das vossas mãos, e sabereis que eu sou o Senhor. (Ezequiel 13:18, 20-23)
Esta mesma religião pagã continuou na igreja primitiva. No quarto século o Concílio de Ancyra, 314 E.C., votou:
Aqueles que praticam divinação, e seguem os costumes dos pagões, ou que levam homens para as suas casas para a invenção de artes mágicas, ou para lustrações, caem debaixo do cânon [lei] de cinco anos [penitência] segundo os graus prescritos; quer dizer, três anos como prostradores, e dois de oração sem oblação [ceia].
("Council of Ancyra, A. D. 314", A Select Library of Nicene and Post-Nicene Fathers, Second Series, Vol. XIV, The Seven Ecumenical Councils, Canon XXIV, p. 74.)
No quarto século Basílio o Grande (330-379 E.C.) foi Bispo de Cesaria nesta mesma área da Ásia Menor. Ele escreveu uma carta bispal para um pastor a respeito dos cânones em que disse:
Consultadores de adivinhos e aqueles que seguem os costumes pagões, ou levam pessoas para as suas casas para descobrir remédios e para efetuar purificações, devem cair debaixo do cânon [lei] de seis anos. Depois de chorar um ano, ouvir um ano, ajoelhar por três anos e ficar em pé com os fiéis por um ano assim deixa-os serem recebidos.
(Basil, "Letter CCXVII (217), To Amphilochius, on the Canons", A Select Library of Nicene and Post-Nicene Fathers, Second Series, Vol. VIII, p. 259.)
No sexto século isso ainda estava sendo praticado. Gregório o Grande (540-604 E.C.), Bispo da Roma, escreveu uma carta a Brunichild, rainha dos francos:
Como a isso também nós não menos lhe exortamos, que vós devais restringir o resto dos seus súditos debaixo do controle de disciplina de sacrificar aos ídolos, ser adoradores de árvores, ou exibir sacrifícios sacrilégios de cabeças de animais; visto que tem chegado aos nossos ouvidos que muitos dos Cristãos tanto recorrem às igrejas e também (horrível a dizer!) não largam sua adoração de demônios.
(Gregory the Great, "Epistle XI (11), To Brunichild, Queen of the Franks", A Select Library of Nicene and Post-Nicene Fathers, Second Series, Vol. XII, Book IX, p. 8.)
Então este conselho do livro de Apocalipse à igreja de Tiatira a respeito da pregadora (profetisa) Jezabel serviu durante muitos séculos como orientação para a igreja e deve servir para nós hoje em dia como há um ressurgimento deste culto à Deusa.
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V. - Bibliografia

The Ante-Nicene Fathers. Editors Alexander Roberts and James Donaldson. 10 Vols. Grand Rapids: Wm B. Eerdmans, 1950.
  • Vol. VII, pp. 377-383 - "The Teaching of the Twelve Apostles (Didache)".
The Babylonian Talmud. Translator Rabbi Dr. I. Epstein. 36 Vols. London: Soncino Press, 1952.
Bauer, Walter, William F. Arndt, F. Wilbur Gingrich, and Frederick W. Danker. A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature Second Edition. Chicago and London: The University of Chicago Press, 1979.
A Bíblia Sagrada. 2a. Impressão. Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica Brasileira, 1974.
Eusebius Pamphilus. The Ecclesiastical History of Eusebius Pamphilus. Translator Christian Frederick Cruse. Grand Rapids: Baker Book House, 1981.
Harmonia dos Evangelhos. Compiladores S. L. Watson e W. E. Allen. Revisada por W. E. Allen e A. Ben Oliver. 5a. Edição, Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1979.
The Holy Scriptures. Philadelphia: The Jewish Publication Society of America, 1955.
Schmidt, Alvin John. Veiled and Silenced, How Culture Shaped Sexist Theology. Macon, GA: Mercer University Press, 1989.
A Select Library of Nicene and Post-Nicene Fathers of the Christian Church. Editors Philip Schaff and Henry Wace. Second Series, 14 Vols. Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, 1952.
  • Vol. VIII - Basil the Great, p. 223-228 - "Epistle CXCIX (199), To Amphilochius, concerning the Canons."
  • Vol. XII - Gregory the Great, p. 8 - "Epistle XI (11), To Brunichild, Queen of the Franks"
  • Vol. XIV - The Seven Ecumenical Councils, p. 63 - "Council of Ancyra, A.D. 314."
Stone, Merlin. When God Was a Woman. New York: The Dial Press, 1976.
Swidler, Arlene, "In Search of Huldah (À Procura da Hulda)", The Bible Today, November 1978, p. 1783.
Swidler, Leonard. Biblical Affirmations of Woman. Philadelphia: The Westminster Press, 1979.
The Testament of Our Lord, Translated into English from the Syriac. Translators James Cooper and Arthur John Maclean. Edinburgh: T. & T. Clark, 1902.
Young, Robert. Analytical Concordance to the Bible. New York: Funk and Wagnalls, Twenty-Second American Edition Revised, n.d.
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VENHA NOS FAZER UMA VISITA!

IGREJA PENTECOSTAL CASA DE ORAÇÃO


VOCÊS NÃO IMAGINAM ...

como fiquei feliz ao recebe-las no nosso 11º Encontro de chá de Mulheres Unifé.

Saibam que vocês são PESSOAS QUE ADMIRO muito,

são
REALMENTE ESPECIAIS,

e recebe-laS fez o meu dia muito mais feliz.

Tomara que a gente continue assim,

sempre trocando gestos de
AMIZADE e CONSIDERAÇÃO.

Acho que a gente deveria viver assim,

DISTRIBUINDO PALAVRAS AMIGAS

e fazendo com que o amor se alastre pelo mundo atraves da confraternização,

por isso não devemos PERDER nenhuma oportunidade

de manifestar bons sentimentos.

SEJAM ABENÇOADAS ...

Quantos cristãos, nestas eleições, quebrarão princípios bíblicos?

Um deles está no Livro de Deuteronômio 17:14,15. Lá nos diz o SENHOR: "Quando entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim com têm todas as nações que estão ao redor de mim, porás, certamente, sobre ti como rei aquele que escolher o SENHOR, teu Deus; DENTRE TEUS IRMÃOS PORÁS REI sobre ti; NÃO PODERÁS PÔR HOMEM ESTRANHO SOBRE TI, QUE NÃO SEJA DE TEUS IRMÃOS." Que não soframos as consequências de nos faltar entendimento!!!

É MUIIIIIIIIIIIIIIITO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!

É MUIIIIIIIIIIIIIIITO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!
EU QUERO UMAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!




Aprovado tratado entre Brasil e Vaticano

Aprovado tratado entre Brasil e Vaticano

Aprovado tratado entre Brasil e Vaticano


Aprovado tratado entre Brasil e Vaticano

Sex, 28 de Agosto de 2009 08:32
BRASÍLIA - Um inusitado acordo entre católicos e evangélicos permitiu a aprovação nesta quarta-feira do tratado celebrado entre o governo brasileiro e o Vaticano. Depois de quatro horas de discussão, o texto foi aprovado por votação simbólica. Ainda será votada a Lei Geral das Religiões, de interesse dos evangélicos, como compensação.
Os opositores do tratado argumentaram que trata-se de um privilégio para a Igreja Católica e que o documento fere o princípio da laicidade do Estado. Os evangélicos fizeram discursos contra, apesar do acordão para aprovação do projeto, o que só ocorreu depois de quatro horas de discussão.
- É um privilégio para apenas uma religião em detrimento às demais - disse o evangélico Takayama (PSC-PR).
O texto da Lei Geral das Religiões é uma cópia do tratado do Brasil com a Santa Sé. A única diferença é que a expressão Igreja Católica é excluída ou substituída por "todas as confissões religiosas". O tratado entre Brasil e Vaticano é um acordo internacional e não pode ser modificado pelo Congresso, que o aprova ou o rejeita na íntegra. Um dos pontos mais polêmicos envolvia o ensino religioso. Para os evangélicos, o tratado prevê que as escolas adotarão o catolicismo nessas aulas. O Ministério da Educação chegou a se pronunciar contra esse artigo, com este mesmo receio.
Antes da votação, o autor da Lei Geral, George Hilton (PP-MG), circulava tranquilo pelo plenário, certo do cumprimento do acordo.
- Já está combinado: aprovamos o deles e eles aprovam o nosso - disse Hilton.
Eduardo Cunha, ligado aos evangélicos e relator do projeto da Lei Geral das Religiões, foi o principal artífice da negociação. Ele conseguiu número de assinaturas de líderes suficientes para dar caráter de urgência ao texto. Indignado, Chico Alencar (PSOL-RJ) criticou o acordo entre católicos e evangélicos.
- É um acordo que libera de vez o mercado da fé. Uma demonstração de que amam mais o dinheiro que a Deus - disse.
Fonte: O Globo